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Amigdalectomia: os benefícios e riscos dessa cirurgia

A amigdalectomia, cirurgia para remoção das amígdalas, é um procedimento comum indicado em casos específicos de problemas de saúde.

Embora seja geralmente realizada para tratar infecções recorrentes ou obstruções respiratórias, também apresenta riscos e benefícios que devem ser avaliados.

E para te alertar sobre as indicações e riscos desta cirurgia, aqui exploraremos o que é a amigdalectomia, como é feita e os cuidados necessários no pré e pós-operatório, além das vantagens, desvantagens e o impacto da retirada das amígdalas.

O que é amigdalectomia?

A amigdalectomia é uma cirurgia para remover as amígdalas, estruturas localizadas na parte posterior da garganta.

Neste caso, é importante saber que as amígdalas fazem parte do sistema imunológico, mas podem causar problemas, como infecções frequentes (amigdalites) ou obstrução respiratória.

Em situações assim, o procedimento é indicado, principalmente quando esses problemas comprometem a saúde e a qualidade de vida do paciente.

Quando a amigdalectomia é indicada?

Abaixo, esclarecemos quando a cirurgia é indicada para adultos e crianças. Confira!

Adultos

Nos adultos, a amigdalectomia pode ser indicada para tratar amigdalites de repetição ou abscessos periamigdalianos, uma condição grave em que a infecção se espalha para os tecidos ao redor das amígdalas.

A cirurgia também é recomendada em casos de amigdalite caseosa, caracterizada por acúmulo de detritos nas amígdalas, o que causa mau hálito e desconforto.

Outra situação ocorre quando as amígdalas aumentadas levam a obstruções respiratórias, como ronco ou apneia do sono.

Ademais, alterações significativas no tamanho das amígdalas podem sugerir doenças graves, como linfoma, o que requer biópsia e possível remoção preventiva.

Crianças

A amigdalectomia pode ser recomendada em crianças que apresentam amigdalites recorrentes, especialmente quando os episódios são intensos e não respondem adequadamente a tratamentos com antibióticos, analgésicos ou anti-inflamatórios.

Os critérios também incluem infecções bacterianas que ocorrem sete vezes em um ano, cinco vezes ao ano por dois anos consecutivos, ou três vezes ao ano por três anos consecutivos.

Além disso, crianças com amígdalas aumentadas que dificultam a respiração pelo nariz, causam ronco frequente ou apneia do sono — episódios de interrupção momentânea da respiração durante o sono — podem ser indicadas para o procedimento.

Nesses casos, a remoção pode ser parcial, com foco em reduzir os sintomas sem comprometer a imunidade local.

Como é feita a amigdalectomia?

A amigdalectomia é feita sob anestesia geral em um ambiente hospitalar e geralmente pelo método de dissecção fria, reconhecido por proporcionar bons resultados, reduzir os riscos de complicações e durar de 30 minutos a 1 hora.

Desta forma, com o paciente anestesiado, o especialista realiza uma pequena incisão na borda da amígdala, retirando-a pela cavidade oral, sem necessidade de cortes externos ou deslocamento da mandíbula.

Já para conter possíveis sangramentos, utiliza-se eletrocautério e, se necessário, pontos que se dissolvem sozinhos em cerca de uma semana.

Normalmente, o paciente recebe alta em no mínimo um dia após o procedimento.

Contudo, em casos de complicações, como hemorragias, pode ser necessário prolongar a internação por até 2 dias.

Pré-operatório

Antes da realização da cirurgia, é necessário que o paciente, independentemente da faixa etária, passe por uma avaliação médica detalhada.

Para isso, o otorrinolaringologista geralmente solicita exames laboratoriais, sendo os mais importantes o hemograma completo, para verificar as condições gerais de saúde, e o coagulograma, que avalia a capacidade de coagulação do sangue, o que garante segurança durante a cirurgia.

Pós-operatório

No pós-operatório, o tempo de recuperação é de 10 a 20 dias para crianças e de 16 a 20 dias para adultos.

Além disso, é preciso tomar alguns cuidados, como:

  • adotar dieta fria e mole, com alimentos fáceis de engolir, como sorvetes, sucos gelados, iogurtes e gelatinas;
  • evitar alimentos quentes, ácidos, picantes, álcool, refrigerantes e cigarro;
  • evitar esforços físicos nas primeiras duas semanas;
  • escovar os dentes com cuidado, sem força excessiva ao gargarejar ou bochechar;
  • manter boa hidratação;
  • lembrar que a recuperação é individual e manter acompanhamento médico regular;
  • seguir as orientações médicas para reiniciar alimentos sólidos;
  • ter paciência, pois a cicatrização pode dificultar a deglutição;
  • usar analgésicos conforme orientação médica para dor de garganta ou ouvido.

Quais os riscos da amigdalectomia?

Embora as complicações sejam raras, afetando entre 2% a 6% dos pacientes, elas podem ocorrer, como a hemorragia pós-operatória, que pode surgir imediatamente ou até uma semana após a cirurgia, sendo tratada com gelo ou, em casos graves, com intervenção médica.

Outro risco é a disfagia, dificuldade temporária para engolir, geralmente resolvida com hidratação.

Alterações na fala, como voz anasalada, podem ocorrer em crianças, mas tendem a desaparecer em meses.

Outros efeitos incluem aumento do apetite e dores de ouvido temporárias.

Quais as vantagens de retirar as amígdalas?

Abaixo, veja as vantagens desta operação.

Vantagens de retirar as amígdalas

  • Redução significativa das infecções recorrentes, como amigdalites
  • Melhora do hálito, especialmente se as amígdalas forem a causa da halitose
  • Aumento na qualidade do sono e, consequentemente, na qualidade de vida

O que acontece após a retirada das amígdalas?

A remoção das amígdalas não afeta de maneira significativa o sistema imunológico, pois outras partes do corpo assumem a função de defesa.

No entanto, estudos indicam que a cirurgia pode aumentar o risco de infecções respiratórias e provocar consequências a longo prazo, como alterações no sistema respiratório.

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Conclusão

A amigdalectomia é uma cirurgia eficaz para tratar infecções recorrentes e obstruções respiratórias, sem impactos significativos no sistema imunológico.

E embora apresente benefícios, como a melhoria da qualidade de vida, pode aumentar o risco de infecções respiratórias a longo prazo.

No mais, lembre-se que para garantir um procedimento seguro e eficaz, é fundamental contar com a orientação de um especialista.

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Data de Publicação : 22/04/2025
Autor de Publicação : Cema Hospital