Câncer e Cigarro: cresce o número vítimas entre as mulheres
Rouquidão e “aftas” persistentes são sinais de alerta e devem ser investigados por profissional especializado
31 de maio marca o Dia Mundial do Combate ao Fumo. A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é um alerta importante: mais de 3 milhões de pessoas morrem por ano, vítimas do cigarro que pode provocar principalmente doenças cardiovasculares, câncer e doenças respiratórios obstrutivas crônicas. No Brasil, a OMS estima que este número seja superior a 200 mil pessoas.
Um dos principais tipos de câncer provocados pelo cigarro e que vem crescendo entre as mulheres, o câncer de garganta, pode não apresentar sintomas explica o otorrinolaringologista Cícero Matsuyama (CRM 69182 / RQE 56772), do Hospital CEMA. “O carcinoma espinocelular que acomete o trato superior atinge normalmente homens, com mais de 50 anos, fumantes ou ex-fumantes e que tem o hábito de consumir bebidas alcoólicas (como o ex-presidente Lula), mas hoje já vemos estudos científicos apontando o aumento de casos entre as mulheres, já que o consumo do álcool e do tabagismo cresceu nas últimas duas décadas entre elas”.
O diagnóstico precoce é a melhor arma na luta contra o câncer – as chances de cura podem atingir até 90% em lesões iniciais, identificadas com um simples exame de laringoscopia. Fique atento aos sinais de alerta.
1. Fumantes e ex-fumantes com rouquidão há mais de 2 semanas devem buscar o diagnóstico com um profissional especializado, mesmo que já tenham parado de fumar há mais de 10 anos.
2. Aftas que não melhoram, dor ou sangramento na boca causados ou não por mau trato dos dentes devem ser investigados imediatamente.
3. Fumantes e pessoas que consomem bebidas alcoólicas, mesmo que moderadamente, devem fazer acompanhamento anual.