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CEMA Responde: 9 de maio

Preocupado com sua saúde e bem-estar, o Hospital CEMA criou este espaço para tirar suas principais dúvidas sobre
olhos, ouvidos, nariz e garganta.

 

Confira aqui as respostas de nossos especialistas,  Dr. Pedro José Monteiro Cardoso (CRM 48300 / RQE 43002), oftalmologista e Dr. Andy de Oliveira Vicente (CRM 92351 / RQE 41973), otorrinolaringologista, referentes à publicação dia 9 de maio.

- Labirintite tem cura?
Jurema Rossi: Tenho labirintite,e sinusite, não consigo me livrar da labirintite. Tem cura??!
Rosemeire Jatoba: A Labirintite é curável ou quem já teve crises vai ter sempre. ?

 

Resposta: A labirintopatia, ou seja, a disfunção do labirinto, responsável pelos sintomas de tontura, náusea, vômito (mais comuns) e em alguns casos zumbido e pressão nos ouvidos, pode ser provocada por:

 

  • Distúrbios do metabolismo da glicose - pré-diabetes, diabetes (uma das causas mais comuns);
  • Dislipidemias - aumento do colesterol/triglicerídeos;
  • Infecções virais e bacterianas que podem acometer o ouvido médio (otites), ouvido interno (labirintites infecciosas) e o nervo auditivo (neurites);
  • Tumores;
  • Doenças neurológicas desmielinizantes (ex.: esclerose múltipla);
  • Presbivertigem - degeneração senil do labirinto;
  • Doenças primárias do próprio labirinto - Doença de Ménière, Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), otosclerose avançada;
  • Vertigem associada à enxaqueca , conhecida como migrânia vestibular (também muito comum);
  • Doenças autoimunes;
  • Malformações do labirinto - podem também provocar tontura, principalmente em crianças.

 

 

 

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Os pacientes portadores de tontura devem obrigatoriamente consultar um otorrinolaringologista, que deverá solicitar uma avaliação audiométrica e otoneurológica completa, para tentar identificar o tipo de labirintopatia e poder tratá-la de forma adequada.

 

Existem casos de labirintopatias crônicas de difícil resolução, porém, são menos frequentes. O diagnóstico preciso, específico para cada paciente, facilita o tratamento. A terapia dirigida para cada caso pode incluir orientações referentes ao hábitos de vida (alimentação, exercícios físicos, etc.) medicações antivertiginosas, reabilitação labiríntica e, em alguns casos, cirurgia.

 

Importante salientar que problemas de visão, cardíacos e neurológicos também podem causar tontura, devendo ser sempre investigados, principalmente nos casos mais resistentes ao tratamento habitual. Resumindo, na maioria dos casos, é possível tratar a labirintopatia de forma adequada, buscando sempre a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

 


 

- Qualquer pessoa pode usar lentes de contato?
Joice Farias: Eu uso óculos de vista, mas queria usar lentes de contato.. Qualquer pessoa pode usar lentes ?

 

Resposta: Nem todas as pessoas podem usar lentes de contato. As restrições podem estar relacionadas ao grau (nem todos os graus podem ser corrigidos), à lubrificação do olho, doenças alérgicas e doenças da córnea. No entanto, a maioria das pessoas pode usar, tomando os devidos cuidados de higiene e tempo de uso.

 


 

- Rubéola na gravidez pode prejudicar a audição do bebê?
Nadielba Pinheiro: Passos Não escuto do ouvido esquerdo minha mãe teve rubéola quando estava grávida tem algo haver?

 

Resposta: Pode sim. Infecções adquiridas na gestação, como a Rubeola, Citomegalovirus, Toxoplasmose, Sífilis, Herpes e HIV, podem causar surdez congênita.

 


 

- A perca de audição é reversível?
Iria Silva: A perca de audição é reversível?

 

Resposta: Algumas perdas auditivas podem ser reversíveis. A audição do paciente pode  melhorar espontaneamente ou após tratamento (clínico ou cirúrgico).  Exemplo:  infecções nos ouvidos e surdez súbita. Nesses casos, pode haver uma recuperação auditiva parcial ou até mesmo total, dependendo do paciente,  do grau e tipo de perda auditiva e do tratamento realizado.
 
Porém, a maioria das perdas auditivas não são verdadeiramente reversíveis, mas podem ser corrigidas. A correção da perda auditiva, ou seja, a reabiltação dos limiares auditivos em pacientes com disacusia, vem sendo cada vez mais factível  com as tecnologias atuais. O otorrinolaringologista tem condições de reabilitar os diferentes tipos e graus de perda auditiva através de cirurgias reconstrutivas (Exemplo: reconstrução dos ossículos auditivos), utilização de aparelhos auditivos convencionais (AASI), próteses ativas, próteses osteointegradas e Implantes Cocleares. Todas essas possibilidades vem permitindo um restabelecimento auditivo cada vez mais efetivo, melhorando significativamente a qualidade de vida dos deficientes auditivos.

 


 

- Há novidades no tratamento do ceratocone?
Bete Oliveira: Opções de tratamento para ceratocone? Há novidades de lentes de contato ou cirurgia?

 

Resposta: O tratamento do ceratocone inicia-se com óculos. Se estes não corrigem o problema, recorre-se às lentes de contato. Se ainda estas não conseguem ajudar o paciente, podem ser indicadas cirurgias como anel corneal e transplante de córnea. Para os pacientes jovens, existe ainda o "cross linking" que tem por objetivo diminuir o ritmo de progressão da doença. A decisão sobre qual tratamento é mais indicado depende de exame com especialista de córnea.

 


 

Quer participar também?

 

Se você também quer saber mais sobre alguma doença, tratamento ou apenas tem curiosidades sobre os olhos, nariz, ouvido e garganta, escreva sua pergunta nos comentários no post do "CEMA Responde" na nossa página no Facebook. A cada semana, nosso corpo clínico responderá algumas dessas perguntas selecionadas. Participe!

Mas, se você apresenta algum sintoma específico, não perca tempo e agende uma consulta:

Data de Publicação : 11/05/2016