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O mau uso do colírio pode provocar Glaucoma

Vinte e seis de maio é o Dia Nacional de Combate à Cegueira pelo Glaucoma; especialista do Hospital CEMA alerta para os fatores de risco da doença, que é a segunda maior causa de cegueira no mundo

Apareceu um incômodo nos olhos e lá vem ele: o colírio. Apesar de útil e encontrado em qualquer farmácia, o uso desse item deve ser feito com bastante cuidado. Isso por que o uso incorreto e sem critério pode influenciar no aparecimento de glaucoma. “O uso de colírios contendo corticoide pode levar ao aumento da pressão intraocular e ao desenvolvimento do glaucoma corticogênico, caso o indivíduo seja sensível ao corticoide”, alerta o especialista em Glaucoma do Hospital CEMA, Décio Meneguin (CRM 72158 / RQE 40941).

O glaucoma funciona assim: os dias vão passando e a pessoa vai percebendo uma diminuição no campo de visão, que pode levar à cegueira, se não tratada. A doença pode ainda se manifestar por uma dor súbita no olho, visão embaçada e vermelhidão ocular. Muitas pessoas não percebem que estão com a doença, pois ela pode ser assintomática também. O glaucoma acontece quando há um aumento da pressão interna do olho, que por sua vez causa uma perda da camada de fibras nervosas oculares. Esse dano é o que vai deflagrar o glaucoma. No entanto, uma pressão ocular normal também pode levar à doença, tendo em vista que ela é multifatorial. Pode ter causas genéticas, étnicas (negros têm mais chances de desenvolver a enfermidade), etárias (o risco de desenvolver glaucoma aumenta com a idade) e envolver outras doenças (diabéticos, míopes, pessoas com outras doenças oculares ou que sofreram traumas nos olhos).  Há basicamente dois tipos de glaucoma: o de ângulo aberto e de ângulo fechado.

No que diz respeito à medicação, o médico explica que seguir corretamente as indicações médicas é essencial não somente para tratar a doença, mas para evitar que ela piore. “O uso adequado da medicação é fundamental para um bom controle da pressão intraocular, ou seja, horário correto, não esquecer de instilar, não pingar um colírio seguido do outro (aguardar, no mínimo 15 minutos) e ter uma vida saudável são essenciais no tratamento”.

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Apesar dos avanços nos últimos 10 anos com técnicas cirúrgicas sendo desenvolvidas, como a Esclerectomia Profunda não Penetrante - que auxilia no controle da pressão intraocular, sem causar diminuição da visão – a principal forma de tratamento e prevenção continua sendo consultar o oftalmologista regularmente.

Data de Publicação : 07/07/2017