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Problema na visão pode ser o primeiro sinal de distúrbios de tireoide
Uma das alterações mais comuns, a Oftalmopatia de Graves provoca o aspecto de olhos saltados tão característicos de quadros de hipertireoidismo
Imagem retirada do banco de imagens
Muitas pessoas não sabem, mas um dos primeiros sintomas de problemas de tireoide pode estar nos olhos. Distúrbios de visão estão, comumente, entre as primeiras alterações perceptíveis. Entre eles, existe um mais significativo: a Oftalmopatia de Graves. Ela ocorre quando há um deslocamento do globo ocular para frente de um ou dos dois olhos, dando o aspecto de olhar saltado. “Isso acontece devido a um aumento dos músculos oculares, que se tornam espessos, mas podem também ser causados por um acúmulo anormal de gordura na porção orbitária atrás dos olhos”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Omar Assae (CRM 87820 / RQE 65596). Além do deslocamento do globo ocular, pode ocorrer também paralisia ocular, retração da pálpebra, vermelhidão, edema na órbita e mesmo perda visual, nos casos onde há compressão do nervo ótico.
Problemas de tireoide são cada vez mais comuns na população. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia estima que 60% das pessoas vão ter algum nódulo na tireoide no decorrer da vida. Por isso, é importante ficar atento aos sinais, e principalmente, fazer exames periódicos para um correto diagnóstico. No caso da doença de Graves, o mais comum é que ela apareça em quem tem hipertireoidismo, ou seja, um excesso de produção da glândula tireoide. Mas a Oftalmopatia pode ainda ser causada por tumores e malformações dos vasos sanguíneos, e ainda por traumas na região da órbita.
O diagnóstico da Oftalmopatia de Graves é feito por meio de exames laboratoriais e de imagem. Pode ser necessário também fazer uma dosagem de hormônios e anticorpos relacionados à tireoide. “Uma vez que tenha sido diagnosticada, a doença deve ser tratada em conjunto por endocrinologistas e oftalmologistas”, detalha o especialista do CEMA. O tratamento, geralmente, é medicamentoso. Cirurgias são feitas apenas nos casos mais graves.
Data de Publicação :
16/01/2024