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Projeto Cara Pálida ganha adesão do CEMA e promete melhorar a qualidade de vida das tribos indígenas

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Cinco de junho de 2015 foi um dia bem diferente para os quase 700 índios da tribo Ribeirão Silveira, em Bertioga, no litoral paulista. Nessa data, eles receberam médicos, dentistas, veterinários, cozinheiros e palestrantes para uma ação social que promete mudar para melhor a vida dessa gente. Idealizado pelo neurocientista e pesquisador do comportamento humano, Dr. Mohamad Bazzi, o Projeto Cara Pálida tem na coerência ideológica e nas parcerias firmadas os dois maiores pilares de sustentação. “A ideia não é dar o peixe, mas ensinar a pescar. Até por que uma ajuda assistencialista tem prazo de validade, já o auxílio na autonomia deles é algo duradouro”, explica Dr. Bazzi. O Instituto CEMA, braço social do Hospital CEMA, é um dos principais parceiros do projeto.

Carentes de assistência médica, os índios contemplados por essa ação terão a oportunidade de passar por avaliações com a equipe de médicos da instituição. “O CEMA vai atender as necessidades oftalmológicas e otorrinolaringológicas dessas tribos”, detalha o neurocientista. Além do CEMA, outras parcerias estão sendo firmadas para levar avaliação clínica geral, veterinários para atendimento dos animais da tribo, além de consultorias sustentáveis para que a população indígena possa ter mais qualidade de vida, sem abrir mão dos seus costumes e tradições.

Por exemplo, o idealizador desse trabalho tem intenção de implantar um projeto do Rotary Clube Norte Santana para ensinar os índios a fazerem aquecimento de água com um sistema que capta a energia solar com garrafas pet, criar lagos para prática da psicultura e também investir em agricultura familiar. “A ideia é criar essa consciência de ajuda humanitária para uma população que foi roubada ao longo do tempo. Atualmente eles não têm terra boa para plantar, nem clima adequado, nem rio. O governo até faz um posto de saúde, uma escola, mas nem sempre dá o médico, nem o professor”, afirma.

Para suprir essa carência, a ideia do projeto é ser essencialmente colaborativo e criar caminhos que possibilitem que qualquer pessoa possa participar dele, de forma independente. Por meio de um protocolo, os interessados poderão fazer a ação e compartilhar conhecimentos. Depois da tribo Ribeirão Silveira, o objetivo é visitar outras tribos, ainda este ano, e tornar o projeto ainda maior no ano que vem. “Vale destacar: os caras pálidas, ou melhor dizendo, os caras de pau somos nós que vivemos na terra deles. Temos uma responsabilidade com esse povo. Por meio do projeto queremos entender a partir das minorias o que pode ser mudado”, finaliza o idealizador.
Data de Publicação : 22/06/2015