Já ouviu falar de DTM? Saiba mais sobre o distúrbio que pode atrapalhar fala, alimentação e estética facial
Especialista do Hospital CEMA explica as principais causas de distúrbios da ATM e quais são os tratamentos mais indicados
Imagem retirada do banco de imagens
Uma das articulações mais complexas do corpo humano, a ATM é também das mais negligenciadas. O nome completo dá pistas sobre a importante tarefa que ela tem: Articulação Temporomandibular, responsável por ligar o maxilar ao crânio. Movimentos como falar e comer precisam de um bom funcionamento da ATM. No entanto, nem sempre isso ocorre. É quando aparece a DTM. “Os Distúrbios Temporomandibulares (DTMs) são caracterizados por alterações do equilíbrio funcional das articulações temporomandibulares, em decorrência de mudanças de posicionamento dental e sobrecarga dos músculos da mastigação ou posturais de cabeça e pescoço”, explica o bucomaxilo do Hospital CEMA, Carlos Assef.
Segundo ele, entre as principais causas para tais distúrbios estão a má oclusão - que ocorre quando há um desalinhamento dentário - e hábitos como travar ou ranger os dentes (bruxismo). O bucomaxilo ressalta ainda que algumas doenças podem desencadear um distúrbio na região mandibular. “Fatores sistêmicos, como diabetes, artrite reumatoide, alterações hormonais, de colágeno e fibras elásticas podem ser causadores de patologias degenerativas de estruturas intra-articulares. O trauma, principalmente na mandíbula, também pode ocasionar lesões dessa espécie”, diz.
Entre os principais sintomas de DTM estão dores de cabeça frequentes parecidas com enxaquecas, dor de ouvido, zumbido, dor atrás dos olhos, sensação de ouvir um clique ao abrir e fechar a boca e trismo, que é a dificuldade de abrir a boca. Pessoas com o distúrbio devem sempre buscar o profissional mais qualificado para tratar o problema, que é o cirurgião bucomaxilofacial, especializado em condições como essa, podendo até mesmo recomendar procedimentos como a cirurgia ortognática quando necessário. Somente ele tem o conhecimento técnico para tratar desses casos.
“Em média, 95% dos casos de distúrbios da ATM são tratados clinicamente, e somente 5% recebem indicação de cirurgias, seja por artroscopia (realizado por vídeo) ou artoplastia (realizado por incisão e abertura da articulação), sendo que ambos são minimamente invasivos e de recuperação rápida”, explica Assef.