Pessoas com rinite alérgica podem praticar esportes?
Especialista do Hospital CEMA esclarece se as atividades físicas pioram ou melhoram as crises alérgicas e quais cuidados devem ser tomados
Imagem retirada do banco de imagens
É muito comum que pessoas com rinite alérgica, condição que provoca uma resposta exagerada do corpo quando há o contato com algum alérgeno, como poeira, pólen, ácaro, fungos e outros, fiquem em dúvida se podem ou não praticar esportes ou outros exercícios físicos. Realmente a natação pode melhorar as crises? O excesso de atividades pode desencadear algum problema? Existe algum exercício que seja contraindicado? Segundo a otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Marcele Fernandes, a prática de atividades físicas, geralmente, é benéfica para todos, incluindo os alérgicos.
“Os exercícios físicos contribuem com a melhora do funcionamento metabólico e, consequentemente, melhoram a imunidade. Sendo assim, pacientes com rinite alérgica não apresentam contraindicações a alguma atividade específica, desde que tenham passado por uma avaliação para excluir outros riscos ou diminuir as chances de crises. Nesse caso, saber qual o alérgeno ou tipo de rinite alérgica do paciente contribui muito com a condução do caso”, explica. A rinite provoca sintomas nas vias aéreas superiores, especialmente coceira no nariz, olhos e ouvidos, espirros, congestão nasal e coriza. A médica ressalta que, embora o exercício esteja liberado, existem alguns casos que merecem atenção.
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Exercícios que provocam mudança brusca de temperatura podem favorecer o aumento de crises de rinite nas pessoas suscetíveis a essas mudanças. Aquelas que sofrem com alergia ao pólen podem até fazer corridas ou outra atividade em lugares arborizados, desde que estejam bem tratados. “Nesse caso, eles podem até melhorar os sintomas ao persistirem na atividade”, complementa. Pessoas que são sensíveis ao cloro e que desejam fazer natação devem buscar piscinas com tratamentos alternativos da água (com ozônio ou sal). Já os atletas de alta performance podem sofrer uma baixa na imunidade momentânea, após um exercício intenso. “Isso ocorre por causa das substâncias liberadas pelo corpo durante a atividade, e que podem favorecer o aparecimento das infecções das vias superiores, e por isso também precisam ser acompanhados”, aconselha a otorrinolaringologista.
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Dra. Marcele Fernandes é otorrinolaringologista do Hospital
CEMA CRM: 156949