Tratamento para glaucoma: descubra como estabilizar a doença e quais os procedimentos possíveis
O tratamento para glaucoma existe e funciona em grande parte dos casos. Mas como exatamente ele é feito?
O Hospital Cema preparou este conteúdo para te explicar mais sobre o assunto, confira!
Antes de começar, vale relembrar que o glaucoma é uma doença que avança em consequência do aumento da pressão ocular, devido à drenagem insuficiente do humor aquoso.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, o que só ocorre se não houver o tratamento correto.
É possível estabilizar o glaucoma?
Sim, apesar de o glaucoma não ter cura, a doença tem tratamento e é possível estabilizar a sua progressão e evitar a perda irreversível da visão, desde que descoberta precocemente.
Nas últimas décadas, surgiram novas formas de tratamento para o glaucoma e o avanço tecnológico também traz esperanças aos pacientes.
O principal objetivo do tratamento é a redução da pressão intraocular, para evitar dano ao nervo óptico.
Tratamento para glaucoma: quais as principais formas de tratá-lo?
Tratamento Farmacológico: Uso de colírio e/ou uso de medicamentos de via oral
O tratamento farmacológico costuma ser o tratamento inicial para o glaucoma. Trata-se da administração de remédios que podem ser colírios ou via oral.
Os colírios são mais comuns, mas algumas situações podem exigir tratamento oral, como, por exemplo, casos de emergência.
A medicação oral não é tão utilizada, pois apresenta como efeito colateral a redução do potássio, o que pode gerar necessidade de mudanças na alimentação para compensar.
A utilização do tratamento com colírio, no entanto, pode não ser eficaz se não houver disciplina por parte do paciente, pois é o remédio que vai impedir a progressão da doença.
Cabe a ele a aplicação na quantidade correta e sem esquecimentos, sempre de acordo com a recomendação médica.
Por fim, se o tratamento farmacológico não fizer efeito, é possível partir para os procedimentos cirúrgicos.
Procedimentos cirúrgicos
Trabeculoplastia (cirurgia de glaucoma a laser)
A trabeculoplastia nada mais é do que uma cirurgia a laser que tem como objetivo aumentar o escoamento do líquido intraocular para reduzir a pressão do olho.
O procedimento é indicado para pacientes com dificuldade de adesão ao tratamento medicamentoso e também pode ser indicado como primeira linha de tratamento.
Nem sempre a trabeculoplastia é efetiva e mesmo que funcione, ela tem duração de alguns anos, depois a pressão pode voltar a aumentar.
Iridotomia a laser
A iridotomia a laser é indicada para casos de glaucoma com ângulo estreito ou glaucoma de ângulo fechado.
Ela é feita com Yag Laser de impedir a interrupção da drenagem do humor aquoso (crise aguda de glaucoma) através da criação de um canal de comunicação entre a câmara posterior (espaço entre a íris e o cristalino) e anterior (espaço entre a córnea e a íris) do olho.
Para isso, o médico utiliza o laser para realizar um pequeno orifício na zona menos espessa da íris.
Trabeculectomia (cirurgia para glaucoma convencional)
Na trabeculectomia é feita uma fístula na parede do globo ocular para drenar o líquido interno do olho.
Essa fístula acontece entre a córnea e a esclera e o humor aquoso é absorvido pelos capilares.
É uma das cirurgias mais comuns de tratamento para glaucoma.
Implante de válvula de drenagem (tubo)
Neste tipo de cirurgia, é feito o implante de um tubo que redireciona o humor aquoso.
Geralmente é indicada somente em casos específicos, como situações de glaucoma muito agressivo ou quando a trabeculectomia convencional não funciona.
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Quais os fatores de risco e como detectar o glaucoma?
Histórico familiar
O histórico familiar é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma. Por isso, se você tem alguém na família que já possui a doença, fique atento e agende uma consulta para uma investigação.
Idade avançada
O glaucoma pode ocorrer em qualquer faixa de idade, mas é mais comum em pessoas a partir dos 40 anos.
Lesões oculares prévias ou cirurgias oculares
Quem tem histórico de doenças oculares anteriores também possui fator de risco aumentado para a doença. É o caso de quem teve tumores e inflamações nos olhos, por exemplo.
Pressão intraocular elevada
Este é o principal fator de risco e, o início de seu desenvolvimento pode não dar sinais. Com a progressão do quadro, no entanto, pode causar dor de cabeça, dor e vermelhidão nos olhos, redução da visão periférica, dentre outros sintomas.
Mas afinal, qual o tratamento mais eficaz para glaucoma?
O tratamento mais eficaz para o glaucoma é aquele que vai ocasionar uma redução de, pelo menos, 30% da pressão intraocular, podendo ser a partir de colírios ou procedimentos cirúrgicos, de acordo com as necessidades do paciente.
Não há como estabelecer qual o melhor tratamento para glaucoma sem levar em conta as necessidades e as especificidades de cada caso.
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Qual a importância de contar com profissionais de confiança?
O glaucoma é uma doença ocular crônica que, se não for gerenciada adequadamente, pode levar à perda irreversível da visão, por isso, confiar seus olhos a bons profissionais é uma parte extremamente importante do tratamento para glaucoma.
Uma equipe médica especializada vai levar em conta cada fator que interfere na condição e criar um plano de tratamento que atenda às necessidades individuais de cada paciente.
O CEMA Hospital possui profissionais capacitados e com muita experiência para entender a sua condição e tomar decisões bem informadas.
Nossa equipe proporciona confiança aos pacientes para que o tratamento ocorra de forma tranquila e os melhores resultados sejam obtidos.
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Conclusão
O tratamento para o glaucoma pode seguir duas principais vias: a medicamentosa e a cirúrgica.
As cirurgias podem ser feitas a laser e também de forma tradicional, além do implante de válvula de drenagem, que é uma opção em casos específicos.
Já no tratamento farmacológico é mais comum o uso de colírios, mas a eficácia do tratamento depende principalmente do paciente.
A escolha do melhor tipo de tratamento de glaucoma depende de vários fatores, como o ângulo da lesão, o estágio e a gravidade da doença e o comprometimento do paciente.
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