Medicina do Sono: entenda a importância e os principais distúrbios analisados por ela
A medicina do sono tem tido um grau de importância e reconhecimento em uma crescente nos últimos anos.
Isso porque os distúrbios do sono afetam 40% da população brasileira, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em nível mundial, esse volume chega a 45% da população e acaba sendo um reflexo da vida moderna.
Descubra o que é a medicina do sono e como funciona essa especialidade no conteúdo que preparamos!
O que é medicina do sono?
A medicina do sono é uma área de atuação reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que identifica os distúrbios do sono, investiga as causas e busca os melhores tratamentos para buscar um sono reparador, que atenda as necessidades fisiológicas do corpo.
Qual é o médico que cuida do sono?
O médico que cuida do sono pode ser de diversas especialidades, desde que ele tenha a formação necessária para atuar na área.
Para que serve a medicina do sono?
A medicina do sono serve para estudar as funções do sono e investigar os distúrbios que podem estar associados a ele, analisando também como eles influenciam na saúde e na vida do indivíduo.
O sono de qualidade é capaz de proporcionar diversos benefícios à saúde, inclusive ajudar a fortalecer o sistema imunológico.
Por isso, é indicado ficar atento à qualidade do sono e à sua disposição durante o dia, além de sintomas como fadiga, ronco, irritabilidade, mudanças de humor, etc.
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Quais distúrbios podem ser detectados pela medicina do sono?
Insônia
A insônia é um problema que se caracteriza pela dificuldade de dormir de maneira persistente, seja durante o início da noite ou ainda no despertar precoce.
De acordo com a ABS, no Brasil a insônia já atinge 73 milhões de brasileiros e está entre um dos distúrbios mais comuns do sono.
Apneia do Sono
As pessoas que apresentam apneia do sono param de respirar por alguns segundos ou minutos durante a noite, ou ainda, apresentam uma respiração superficial.
O distúrbio pode causar cansaço e a sensação de não estar dormindo bem, além de poder ocasionar outras doenças em longo prazo, como insuficiência cardíaca e hipertensão, por exemplo.
Ronco
Quando muito intenso, o ronco é considerado patológico, podendo ter inúmeras causas e fatores de risco. A obesidade e o tabagismo, por exemplo, ajudam a agravar o problema.
Basicamente, ele ocorre pois há um estreitamento que dificulta a passagem do ar nas vias respiratórias no momento do sono.
Desvio de septo
O desvio de septo pode provocar dificuldades para dormir e respirar durante o sono, podendo gerar também roncos e outros sintomas como dores de cabeça e nariz entupido.
Devido a isso, o desvio pode causar um sono de má qualidade, pois impede o paciente de descansar e gera cansaço e irritabilidade durante o dia.
O desvio de septo também é tratado pela medicina do sono.
Hipertrofia Adenoamigdaliana
Esse nome comprido e complicado nada mais é do que o aumento das amígdalas, que acaba dificultando a respiração nasal do paciente.
Por ocasionar a obstrução das vias aéreas, o distúrbio pode causar roncos e apneias durante a noite, mas também ocasionar problemas na face do paciente.
Isso porque se o indivíduo começar a respirar continuamente pela boca, o desenvolvimento da face pode ser prejudicado, especialmente a mandíbula e a maxila.
Isso ocorre de forma mais comum em crianças e, por isso, o tratamento precoce é essencial para evitar problemas de desenvolvimento.
Qual a importância da medicina do sono?
Atualmente, existem mais de 80 distúrbios do sono e muitas pessoas ao redor do mundo encontram problemas para dormir e para aproveitar um sono restaurativo.
No entanto, a ciência reconhece que a importância do sono é inegociável. Ele é essencial para manter o bem-estar físico e mental, melhorar a qualidade de vida, fixar o aprendizado, consolidar a memória, dentre uma série de outras funções.
Dentre os impactos dos distúrbios do sono, podemos citar:
- problemas de saúde: a falta de sono adequado está associado a doenças, como diabetes e hipertensão;
- fadiga constante;
- saúde mental;
- risco de acidentes.
Já dentre as melhorias que a medicina do sono pode contribuir, estão:
- estabilização da saúde mental;
- aumento da produtividade;
- melhora da saúde geral;
- recuperação da energia.
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Quais exames são realizados para o estudo do sono?
Polissonografia
A polissonografia é uma exame que avalia a qualidade do sono do indivíduo, podendo variar conforme o local e o nível de análise do paciente.
Polissonografia hospitalar
Neste exame o paciente deve passar a noite em um hospital ou clínica especializada, no qual ele é conectado ao aparelho de sonografia que contém diferentes sensores.
É um dos mais completos, pois deve captar ao menos 7 canais de sinal.
São analisadas, por exemplo, a atividade cerebral, o esforço respiratório, a ocorrência de arritmias cardíacas, dentre outras características.
Polissonografia portátil domiciliar
Neste caso, o aparelho é instalado na casa do paciente na noite do exame e retirado por um técnico na manhã seguinte.
Diferente da polissonografia hospitalar, este exame é feito sem a observação do técnico e é limitado pois registra apenas fluxo aéreo e oximetria.
Conclusão
Zelar pelo seu sono é essencial para uma boa saúde. Noites de sono bem dormidas são restauradoras e podem contribuir para evitar diferentes problemas de saúde no futuro.
Por isso, a qualquer sinal de distúrbios do sono, é essencial fazer uma consulta e pedir a opinião de um especialista.
Dentre os distúrbios mais comuns estão a insônia, a apneia do sono, o sonambulismo, a narcolepsia, dentre outros.
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