Distúrbios de sono podem ser identificados com exame feito em casa
Hospital CEMA oferece a polissonografia domiciliar para monitorar e diagnosticar as causas da dificuldade de dormir. Saiba como funciona
Imagem retirada do banco de imagens
O isolamento social, em decorrência da pandemia de coronavírus, tem tirado o sono de muita gente. A mudança nos hábitos, o afastamento do trabalho, das atividades sociais, a restrição aos esportes e ao lazer estão deixando as pessoas mais inseguras, com medo e ansiosas, o que impacta diretamente na hora de dormir. “Além disso, sem o cansaço do dia a dia, nosso corpo não sente necessidade de repouso”, afirma o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Marcelo Mello (CRM 151285 / RQE 74133). Dados do Ministério da Saúde mostram que 41% dos brasileiros relatam alguma dificuldade nesse quesito. Porém, mesmo com as restrições, esse é um problema que tem solução: um exame capaz de mapear o sono e que pode ser feito em casa.
A polissonografia é um procedimento usado para estudar o sono. Geralmente é realizado à noite, e consiste no registro de variações fisiológicas que ocorrem na hora de dormir. “Ele monitora parâmetros como fluxo aéreo (nasal e oral), esforço respiratório, movimentos corporais, frequência cardíaca e saturação de oxigênio”, detalha o médico. As informações são, então, coletadas por sensores espalhados pelo corpo e analisadas por computadores, que transformam esses dados em um gráfico característico, permitindo uma interpretação detalhada por parte do especialista.
“A polissonografia é o padrão-ouro para o diagnóstico de distúrbios de sono. No Hospital CEMA, nós realizamos esse exame há aproximadamente 5 anos, na modalidade domiciliar, com qualidade no atendimento e constante atualização dos equipamentos. Embora possa ser realizado em ambiente laboratorial, ele também pode ser feito em casa”, relata o especialista. Segundo ele, como a ideia é justamente reproduzir algumas das características habituais do paciente durante uma noite de sono, a polissonografia domiciliar é uma forma mais acessível, prática e confortável do que quando realizada no hospital ou clínica.
Na polissonografia domiciliar, o paciente leva um equipamento portátil, que consiste em um cateter que registra o ronco e a respiração, uma cinta torácica que acompanha os movimentos e o sensor no dedo, que verifica a frequência cardíaca e nível de oxigênio. Após o agendamento, durante a retirada do aparelho, a técnica faz uma breve e simples explicação. Dessa maneira, o teste pode ser montado em casa. Ao finalizar o exame, o paciente devolve o aparelho. Os dados são gravados, analisados e um laudo é emitido pelo especialista.
“Por se tratar de um procedimento não invasivo, não há risco de complicações durante a realização. A praticidade e comodidade de ser realizado em casa diminui as filas e o tempo de espera, permitindo chegar a mais diagnósticos e fazer com que as pessoas sejam tratadas”, afirma Mello. A polissonografia pode ajudar no diagnóstico da apneia obstrutiva do sono (quando há interrupção na respiração devido ao bloqueio das vias aéreas superiores), insônia, sonambulismo, síndrome das pernas inquietas, bruxismo, alterações do ritmo cardíaco, entre outras.
Geralmente quem tem problemas para dormir sabe bem disso, mas alguns sinais de que o sono pode não estar sendo satisfatório e reparador são a diminuição da concentração, dificuldades nos estudos e trabalho, redução da produtividade, tendência a erros ou acidentes, irritabilidade, fadiga, cansaço e alterações de humor. Se o paciente relatar tais sintomas, o médico especialista pode pedir a polissonografia. E nem precisa sair de casa para fazer o exame.
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